domingo, 14 de dezembro de 2014

HPV - O QUE VOCÊ PRECISA SABER

A infecção pelo HPV ( Papiloma Vírus Humano), acontece na maioria das vezes por contato sexual (90% dos casos), dando uma expressão de DST  à doença. Além da via sexual, a transmissão materno-fetal também é possível durante o parto, além disso, o uso de roupas íntimas e de objetos contaminados tem sido implicados na infecção pelo HPV. Atualmente são conhecidos mais de 120 tipos diferentes de HPV, sendo que 36 deles podem infectar o trato genital.Seu período de incubação (do contágio a manifestação dos sinais) é indeterminado, podendo variar entre semanas até anos; muitas vezes tornando quase impossível determinar em que época a infecção ocorreu. São classificados de acordo com o potencial oncogênico ( propensão de causar câncer):

  • Baixo risco - tipos 6, 11, 42,43,44
  • Intermediário - 31,33,35, 51,52,58
  • Alto risco - 16,18,45,56

O HPV pode ser controlado, mais ainda não há cura contra o vírus. Quando não tratado torna-se o principal agente do câncer de colo do útero e garganta.
A infecção acomete principalmente o trato genital inferior e períneo, e pode se apresentar em três formas:

  • clínica - apresenta-se normalmente sob a forma de verrugas genitais e cristas, vivíveis ao olho nú
  • subclínica - não visíveis ao olho nú, diagnosticadas através do exame preventivo do colo uterino, colposcopia, peniscopia e biópsia.
  • latente - diagnosticada somente através de testes para detecção do DNA-HPV, como a captura híbrida e o PCR.
Nenhuma forma de tratamento assegura a cura da infecção pelo HPV. Somente o sistema imunológico de cada individuo, é capaz de 
A remoção das lesões diminui a transmissão e o risco de evolução para  neoplasias malignas. Cada caso deve ser avaliado de forma individual para a escolha da conduta mais adequada.

O tratamento das lesões podem variar de uma simples retirada de verruga até cirurgias avançadas, dependendo da gravidade destas lesões. Podem ser usadas também substâncias cáusticas (ácidos) e imunomoduladoras locais (imiquimode) para um tratamento mais conservador.

Alguns fatores influenciam na conduta terapêutica, como: o tamanho, o número e o local das lesões, risco para transformação maligna, tabagismo, imunodepressão (diabetes/ HIV/ uso de corticosteróides/ transplantados), gestantes, idade da paciente, e paridade( num de gestações a termo) e o desejo da paciente.

A prevenção se dá seguindo alguns cuidados:

  • uso do preservativo masculino ou feminino (camisinha) para todo o tipo de relação sexual (oral/ vaginal/ anal)
  • vacina contra o HPV
  • rotina de exame preventivo
  • evitar o fumo, bebidas alcoólicas em excesso, e o uso de drogas
  • restringir o numero de parceiros sexuais
  • tratar coinfecções que porventura possam existir ( sífilis/ clamídia/gonorréia)
  • controle de doenças metabólicas e imunossupressoras (diabetes/lúpus/transplantes)
A paciente deve ser informada quanto o risco de recidiva, e da necessidade do acompanhamento.
Este seguimento deve ser feito trimestralmente por um ano, com a associação dos exames de citologia e colposcopia.
As pacientes e seus parceiros devem ser informados de que podem ser infectantes, ou seja, podem transmitir a doença mesmo na ausência da lesão, que o uso do preservativo não elimina totalmente o risco de transmissão do HPV, e que o papel dos parceiros sexuais na recidiva ou na persistência das lesões é minimo, e que a infecção pelo HPV não contra-indica a gestação, mas talvez determine o tipo de via de parto, dependendo da presença e localização das lesões próxima ao fim da gestação.




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