quarta-feira, 30 de maio de 2012

ANORGASMIA FEMININA


Anorgasmia Feminina

De acordo com Cavalcanti (2006, p.252), “é provável que, de todas as disfunções sexuais femininas, a anorgasmia deixe marcas mais sensíveis na mulher: no corpo, a dor pélvica surda e persistente; na alma, a destruição do autoconceito”.
A mulher anorgásmica tende a se sentir diminuída, inferiorizada, humilhada e incompetente (CAVALCANTI, 2006).
A queixa feminina mais freqüente, na esfera sexual, traduz-se na falta de prazer, que pode significar um comprometimento de todo o ciclo de resposta sexual fisiológico, ou puramente a fase orgásmica (KAPLAN, 2007).
Mulheres que conseguem alcançar o orgasmo através da masturbação, não são, necessariamente, categorizadas como anorgásmicas (KAPLAN, 2007)
Na mulher, o bloqueio do orgasmo constitui a disfunção sexual mais freqüente, e comum em todas as regiões do mundo, podendo variar de 18 a 41% de prevalência (LAUMANN et al., 2005). No Brasil, um estudo populacional, mostrou 26,2% desta disfunção (ABDO, 2004).
Podemos classificar as anorgasmias, segundo os critérios cronológicos e fenomenológicos.
De acordo com a cronologia elas podem ser primárias e secundárias. É primária aquela em que a mulher nunca experimentou o clímax sexual, ou o orgasmo propriamente dito. E secundária , quando a mulher era anteriormente orgásmica, e que a partir de certo tempo passou a bloquear o orgasmo (CAVALCANTI, 2006).
De acordo com o critério fenomenológico, temos a anorgasmia situacional, eletiva, relativa ou circunstancial, que depende do parceiro ou da circunstância, e a anorgasmia absoluta ou total, em que a mulher nunca sente orgasmo, independente do tipo ou da qualidade do estímulo (CAVALCANTI, 2006).
Em relação a anorgasmia, podemos dizer que as causas psicológicas são os determinantes mais freqüentes, contudo os fatores orgânicos devem ser afastados(ABDO, 2001).
Pouco freqüentes são as causas orgânicas responsabilizadas pelo bloqueio do reflexo orgásmico.
Alterações neurológicas graves, seja por doenças do sistema nervoso central, lesões medulares, ou dos nervos periféricos que participam do reflexo orgásmico, podem determinar esse bloqueio, que também pode ocorrer pelo abuso de álcool, ou drogas psicoativas (CAVALCANTI, 2006).
Em geral, a inibição do orgasmo é resultado de estímulo inadequado das zonas erógenas, em especial, o clitóris (ABDO, 2000).
As causas psicológicas são os determinantes mais freqüentes. Há um amplo espectro de variáveis psicossociológicas inibidoras (ARCOS, 2004).
As causas socioculturais, sobretudo a desinformação, ou informações distorcidas, tabus, normas sociais sexofóbicas, religião, conduzem ao aprendizado da anorgasmia (CAVALCANTI, 2006).

Nenhum comentário:

Postar um comentário