domingo, 28 de dezembro de 2014

ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL II

Segundo alguns estudos, o número adequado de consultas no pré-natal seria igual ou superior a seis. A gestação costuma ser dividida em semanas, portanto até a 34a semana as consultas deverão ser mensais; depois, até a 36a semana, deverão ser quinzenais e, então, semanais até o momento do parto.
A primeira consulta deve ser o mais precoce possível, durante a gestação – de preferência, logo à suspeita de gravidez
O exame físico da gestante deve incluir aferição de peso, medida de pressão arterial, exame físico geral, exame de mamas, exame obstétrico e exame genital.
Algumas gestantes podem se sentir constrangidas e preocupadas com o exame vaginal, por isso, essa etapa pode ser postergada para outras consultas. É nessa abordagem inicial que são solicitados os exames complementares.
Os exames complementares, podem ser divididos em quatro grupos:

• Grupo 1: exames de cunho específico para o pré-natal, com interesse materno-fetal (hemograma, tipagem sanguínea, fator Rh, urina I, urocultura, sorologias para sífilis, hepatite B e C, rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus, herpes, HIV, glicemia, avaliação da tireoide, e ultrassonografias obstétricas).

• Grupo 2: exames determinados por intercorrências ou doenças associadas que justifiquem seguimento durante a gestação (função renal, função cardíaca, fundo de olho, investigação de anemias).

• Grupo 3: exames para rastreamento de doenças potenciais na gestação, sempre ligados às características dos serviços e do cliente, bem como as doenças prevalentes em cada região (rastreamento de diabetes, rastreamento de pré-eclampsia).

• Grupo 4: exames para rastreamento de doenças indiretamente ligadas à gestação; têm sua realização justificada pela oportunidade de estar diante da mulher que nunca teve a oportunidade de buscar serviço médico (rastreamento de verminoses, rastreamento de câncer cervical).

Através da investigação na consulta, do exame físico e dos exames complementares, o médico deverá criar um perfil preciso da gestante, além de dar a ela orientações sobre sua condição e de criar um ambiente favorável de confiança e credibilidade para que se solidifique a relação médico-paciente e haja uma boa adesão às instruções e tratamentos.
Nas consultas de seguimento, devem-se avaliar as intercorrências e as queixas da gestante; recalcular a idade gestacional; identificar fatores de risco; reclassificar a gravidez como de baixo ou alto risco; indicar planejamento familiar durante a gravidez, quando pertinente; atualizar o calendário vacinal; informar sobre o parto; solucionar as dúvidas; detectar problemas emocionais/sociais e fazer o devido encaminhamento, quando necessário; avaliar o estado nutricional e o ganho de peso; avaliar o estado bucal e as condições de higiene da paciente; e considerar a licença-maternidade.
Ao exame físico, deve-se medir a pressão arterial, a frequência cardíaca, o peso materno, a altura uterina, o batimento cardíaco fetal, além de avaliar a presença de contrações, movimentação fetal ou edema (principalmente nos membros inferiores), fazer o exame de toque vaginal ou o exame especular, quando pertinente.
Todas as informações devem ser anotadas no cartão de pré-natal, que a gestante deverá sempre carregar consigo.



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