terça-feira, 15 de maio de 2012

CONSIDERAÇÕES SOBRE o ORGASMO FEMININO



Considerações Sobre o  Orgasmo Feminino

Sobre o ponto de vista biológico, o orgasmo é, sobretudo um processo de resolução miotônica. É por meio dela que o indivíduo resolve as tensões psicofísicas a que está sendo submetido (CAVALCANTI, 2006).
Embora o orgasmo seja uma experiência única, pode ser dividido em três componentes:
·         Perceptual: psicológico e subjetivo (emoção prazerosa).
·         Fisiológico: objetivo, reflexo orgânico.
·         Sociocultural: visto sob as normas e padrões das culturas de um povo.
Do ponto de vista subjetivo, o orgasmo é percebido como uma sensação profundamente agradável, de intensidade variável, dependendo da relação funcional entre o estímulo e o organismo: de um lado a qualidade do estímulo, de outro o momento existencial e todo um passado de vivências individuais (CAVALCANTI, 2006).
Cada mulher tem o seu orgasmo, pois na verdade, ele é a sensação resultante da interpretação sensorial do estímulo, à referência de cada um. Além disso, cada orgasmo é qualitativa e quantitativamente único (COSTELA, 2007).
Mesmo sendo uma sensação subjetiva, é possível distinguir três fases perceptivas. Inicialmente há em maior ou menor intensidade, uma sensação de suspensão ou interrupção momentânea da acuidade sensorial, a seguir há uma percepção de um calor agradável, que se inicia na área do clitóris e da vagina, invade a pelve e se espraia por todo o corpo, e por último há a percepção das contrações musculares da vagina, referida por algumas mulheres como sensação de latejamento (VENTEGODT, 2006).
O orgasmo é uma experiência psicofísica de curta duração, de 3 a 10 segundos, alcançado geralmente após 10 a 20 minutos da penetração
Na mulher a masturbação parece produzir orgasmos mais intensos que durante o coito (MESTON, 2004).
Embora a sensação orgásmica possa ser despertada em várias áreas corporais, não existe supremacia sensorial, em relação ao orgasmo vaginal sobre o clitoriano ou vice-versa. A maioria das mulheres prefere que se estimule o clitóris (MESTON, 2004).
Pesquisas sobre a fisiologia da resposta sexual feminina demonstram que os orgasmos causados pela estimulação do clitóris e aqueles causados pela estimulação vaginal, são fisiologicamente idênticos (KAPLAN, 2007).
A capacidade orgásmica feminina parece aumentar com o passar dos anos, atingindo seu pico na terceira década de vida (ABDO, 2001).
O “PONTO G” seria uma região localizada no terço inferior da parede anterior da vagina, que quando estimulado, responderia por um orgasmo vaginal de melhor qualidade e maior intensidade, com ejaculação, secreção fluida liberada pela uretra, devido a resquícios de tecido prostático (BANCROFT, 1989, grifo nosso). Foi descrito em 1980 por Grafenburg, e sua existência é discutível.
As mulheres são potencialmente pluriorgásmicas, podendo experimentar de 5 a 20 episódios  orgásmicos repetidos, fato que não se torna obrigatório a todo ato sexual. A multiplicidade orgásmica é mais freqüente na masturbação (POMBA, 2000).


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