A anticoncepção
de emergência, também conhecida como pílula do dia seguinte é um método
utilizado para prevenção da gestação indesejada e inoportuna oriunda na maioria
das vezes de uma relação sexual eventualmente desprotegida, ou de um ato de
violência sexual ou de falha no método contraceptivo eleito, como por exemplo
ruptura do preservativo durante o coito ou uso de anticoncepcionais orais e distúrbios
gastrointestinais, cálculo incorreto do período fértil, etc...
Não é um método abortivo, já que atua antes da
junção dos gametas femininos aos masculinos. Não ocorre a fecundação.
Não deve
ser usada de forma planejada, nem substituir o método de rotina.
Podem ser
utilizados anticoncepcionais orais combinados cuja associação mais conhecida é
a de etinilestradiol e levonorgestrel, ou pílulas de progestágenos isolados,
comumente o levonorgestrel em dose única.
Ambos podem ser utilizados até 5 dias após a
relação desprotegida, mas quanto mais precoce se inicia o método, menor o índice
de falha.
O índice de
sucesso na contracepção de emergência é de 75 a 85%, ou seja funciona para cada
3 mulheres em 4. No entanto deve ser lembrado que o uso repetitivo ou freqüente
do método, diminui sua eficácia. A
ovulação pode ser retardada ou impedida em 85% dos casos, impossibilitando o
contato dos espermatozóides com o óvulo. E o espessamento do muco do colo do
útero impede a ascensão dos espermatozóides.
Seus
efeitos colaterais mais freqüentes são náusea em 40% dos casos, e vômitos em 15%
, alem de cefaléia, dor mamaria e vertigem.
A maioria
das mulheres não apresenta modificações em seus ciclos, e não há sangramento
imediato após o seu uso, normalmente a menstruação seguinte ocorrerá dentro do
prazo previsto.
A única
contra-indicação absoluta para o uso da pílula do dia seguinte, é a gravidez confirmada, mas não há registros
de efeitos teratogênicos para o concepto.
É importante
procurar o seu ginecologista para a prescrição correta, não se auto-medique.